O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta sexta-feira (8), no Diário Oficial da União, portaria com a lista de produtos com direito a desconto nas operações e parcelas de crédito rural por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O bônus vale para o período de 10 de outubro a 9 de novembro. Neste mês, entraram na relação o tomate, produzido no Piauí e em Sergipe; o maracujá, de Alagoas; e a juta/malva embonecada, do Amazonas.
Os demais produtos beneficiados pela Programa de Garantia de Preços para Agricultura Familiar (PGPAF) são açaí (AC), banana (AL), borracha natural (MA), cacau (AM), cará/inhame (AM e ES), castanha de caju (PI), cebola (SP), laranja (PA e RS), maracujá (BA e CE) e raiz de mandioca (PB).
O tomate do Piauí e de Sergipe, o maracujá de Alagoas e a juta/malva embonecada do Amazonas entraram na lista devido ao baixo preço praticado no mercado. No caso do tomate, o clima chuvoso do inverno nordestino elevou a produção, com reflexo nos preços. A concorrência da safra de outros estados também pode ter contribuído para a queda dos valores.
Os agricultores de tomate do Piauí e de Sergipe vão receber um bônus de garantia de 32,38% e 14,29%, respectivamente, com base num valor médio de mercado respectivo de R$ 0,71 e R$ 0,90 por quilo do produto.
O maracujá de Alagoas, que entrou na lista ao lado do mesmo produto que beneficia agricultores da Bahia e do Ceará, receberá um bônus de 7,69%. O preço médio do produto na praça de Maceió esteve por volta R$ 1,68 o quilo.
Já a juta/malva embonecada, produzida no Amazonas, tem bônus de 3,65%. O produto entrou na relação porque a cheia nos rios na região teve impacto na safra e provocou baixa nos preços da fibra no estado, que chegou a R$ 2,90/kg.
Entre os produtos que deixaram a lista neste mês estão a banana (ES, PB e RR), o feijão caupi (TO), a manga (BA) e o maracujá (ES, GO e SE). Segundo o governo, esses produtos saíram da relação porque voltaram a remunerar melhor os agricultores desses estados.
O cálculo do bônus é feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com base nos preços recebidos pelos produtores em setembro.
O PGPAF oferece uma bonificação ao agricultor que teve o seu cultivo com preços abaixo do valor de garantia oferecido pelo programa.